segunda-feira, 4 de maio de 2009

A culpa do meu misero ordenado.

Destas coisas da economia eu não entendo nada mas também não me armo em entendido, tenho deficit de conhecimentos sobre economia, existe uma matéria que conheço e de sobeja maneira, é o mês que me sobra quando faço a contabilidade entre o deve e o haver, ou melhor dizendo entre o ordenado e os 30 dias que o mês tem, conheço alguma coisa de relações pessoais, a forma como as pessoas se relacionam, porque consideram aquele o amigo e o outro menos amigo ou mesmo inimigo, assim como sei que quem ganha X não pode gastar Y, mas também sei que se X não dá para viver eu tenho de abdicar de alguma coisa em proveito de outra, mas se mesmo assim o X é curto? Bem terei de abdicar daquilo que era o proveito da premissa anterior para o proveito de outra mais premente, está o leitor agora a pensar, o que é que este gajo quer dizer com este paleio todo?, tão somente que:


Se o meu patrão me paga um ordenado miserável, tipo 450 euros, eu só tenho dinheiro para o mais premente, e mesmo assim quando chegar ao dia 20 já não há cheta na carteira, ou seja, você trabalha na PT? Não conte comigo para ajudar a pagar o seu ordenado, na CABOVISÃO ou TV CABO? Também não conte comigo, numa agência de viagens? Numa casa de espectáculos? Num restaurante? Ou café? Numa casa de computadores? Num centro comercial? Seja naquilo que for desde que não seja o senhorio e o supermercado eu não ajudo e não é por não querer é porque não posso, mas porra agora dei conta de uma coisa, eu trabalho numa empresa destas e não sou cliente dessa mesma empresa, ou seja eu não ajudo para que me possam pagar o meu ordenado, querem ver que é por eu não ser cliente dessa empresa que ganho um miserável ordenado?

1 comentário:

  1. A separação existente entre a economia e economia real é esta mesmo, se não se puser a circular dinheiro tudo vai parar, os trabalhadores precisam de "esperança no futuro" e dinheiro para que possam consumir, estamos numa sociedade de consumo e isto quer dizer que se não se consome este tipo de sociedade tem os dias contados.

    Só consumindo as empresas podem produzir e para produzir é preciso gente para trabalhar e se há gente a trabalhar há mais dinheiro a circular.

    Luis Tavares

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